domingo, 12 de junho de 2011

Bullying em Discussão na EMERJ

 

FÓRUM PERMANENTE DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DA JUSTIÇA TERAPÊUTICA
17 de junho de 2011
Das 10h às 17h
BULLYING – parte III: efeitos, conseqüências e diretrizes

10.00h - Abertura
Dra. Ivone Ferreira Caetano
Presidente do Fórum Permanente da Criança, do Adolescente e da Justiça Terapêutica e Juíza de Direito Titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital/RJ

10.20h – Palestra: “Cyberbulling: efeitos e conseqüências do assédio moral pela internet contra crianças e adolescentes”
Dra. Maria Cristina Milanez Werner
Psicóloga, sexóloga, terapeuta de casal e família
Mestre em Psicologia Clínica – PUC/RJ

11.20h – Palestra: “Convivência e violência no contexto escolar”
Prof. Mariângela da Silva Monteiro
Psicóloga Educacional
Professora de Psicologia - PUC/RJ

12.20h – Palestra: “Aspectos Jurídicos”
Dra. Simone Moreira de Souza
Defensora Pública - Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital

Mediador: Vereador Tio Carlos
Presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro

13.20h - Intervalo

MESA REDONDA – SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
15.00h – Palestra: “Um diálogo sobre as relações de ensino no espaço escolar - Contribuições de uma equipe interdisciplinar”
Profª. Mercia Cabral de Oliveira
Diretora do NIAP / SME

15.40h – Palestra: “A escola que produz saúde: Uma ação inter-setorial”
Profª Angélica Bueno Carvalho
Programa Nacional Saúde na Escola

16.20h – Palestra: “Construindo a cultura da Paz”
Profª Leticia Carvalho Monteiro
Projeto Educação para Paz: AME-Rio

17.00h – Encerramento

Bullying no Colégio São Bento

Segundo reportagens, o adolescente admite que agrediu criança no São Bento.

As pessoas continuam falando sobre BRINCADEIRA e ACIDENTE:

Brincadeira é quando todos se divertem. Quando uma pessoa se diverte às custas do sofrimento alheio não é brincadeira, é bullying.

Acidente ocorre quando algo acontece por acaso, um acontecimento fortuito e não quando se sabe que a atitude é errada e se assume o risco de acontecer um resultado ruim!

Também não adianta esperar que o agressor vá dizer exatamente o que aconteceu porque neste momento ele já sabe que trata-se de algo muito grave e contará sua versão sempre omitindo e diminuindo os acontecimentos exercendo sua auto defesa e seu instinto de auto proteção.

Quanto aos pais que se manifestam a favor do colégio, estes estão pensando na imagem do colegio que escolheram para a educação do seus filhos e se esquecem que a criança que estava servindo de "bola" para o adolescente quicar ou jogar ou passar rasteira poderia ser o filho deles... graças a Deus desta vez não foi, MAS AMANHÃ PODE SER...   bullying não é brincadeira!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Educação Domiciliar

Não sei é de conhecimento de todos que sou adepta ao movimento do homeschooling por diversas razões.

Acho que os pais devem ter o direito de participar ativamente da educação de seus filhos.

Tenho vivenciado na escola situações de exclusão, bullying, preconceito e até nepotismo. Pais de crianças portadoras de necessidades especiais tendo dificuldade de matricular criança na escola e ver atendidas as necessidades de seus filhos. As escolas estão preparadas somente para o atendimento ao aluno padrão e completamente despreparadas para aqueles que não se enquadram dentro desse modelo padronizado previamente.

Enquanto as escolas públicas abrem as portas para a as familias, comunidade e os "Amigos da Escola", algumas escolas particulares estão fazendo de tudo para afastar a família a fim de esconder a prática de bullying e evitar ações judiciais ao invés de participar ativamente da construção de cidadãos em conjunto com as famílias, indo na contra-mão da pedagogia moderna e da política educacional.

Compartilho então, aqui no blog, o artigo que saiu publicado na revista Época - Quem educa melhor? Os pais ou o Estado?

Também indico a leitura de:  Tiraram dos Pais o Direito de Educar os Filhos   e  de um artigo de minha autoria publicado na Revista Investudura Educação Domiciliar: O Direito de Escolha.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Atirador foi vítima de bullying

Um cenário era de terror: crianças baleadas esperando ajuda enquanto o corpo do atirador ainda esta caído na escada...

O que aconteceu?

Wellington Menezes de Oliveira entrou em sua antiga escola e fez vários disparos na manhã desta quinta-feira (7), matando 12 alunos e cometendo suicídio logo em seguida.

O que o levou a praticar tal atrocidade?
Para especialistas, atirador parece vítima de bullying - Embora ainda sob investigação, especialistas em violência escolar dizem que o rapaz de 24 anos que matou 11 crianças, feriou outras 13 e morreu em uma escola no Rio de Janeiro – agiu como quem sofreu durante a vida estudantil, uma vez que existem elementos de vingança e pedido de atenção em massacre em escola no Rio.

Já existem depoimentos que demonstram que o Atirador foi vítima de Bullying na Escola, que tratava-se de uma pessoa isolada, excluída e vítima de gozações.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bullying na Espanha - Indenização de 40 mil euros



Segundo o tribunal, o mais grave foi a atitude da escola mesmo depois de tomar conhecimento das denúncias. O colégio foi condenado por passividade ante a denúncia dos pais e por não haver tomado medidas para proteger o menor, segundo o jornal El País.

Bullying - uma enfermidade social

Recentemente, um caso de bullying que resultou na briga entre dois adolescentes em uma escola da Austrália reascendeu a discussão sobre o tema. 

Caso de bullying em Santa Bárbara d'Oeste é encaminhado para a Promotoria. O caso aconteceu no ano passado, mas um vídeo foi postado em um site da internet somente no mês passado. O garoto foi transferido para outra instituição escolar por determinação do Conselho Tutelar. 

Denúncia de Bullying nas escolas estaduais de RO  - Inércia do poder público e da Secretaria de Educação.

Bullying em Petrópolis, RJ, termina com briga entre pais -  As imagens foram gravadas pelo circuito de câmeras de uma galeria.

Estudante espancada por denunciar Bullying -  Uma aluna de enfermagem do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto foi espancada após denunciar à coordenação de seu curso que vinha sendo vítima de bullying na instituição. 

Bullying em Sorocaba divulgado na Internet. Garoto deu tapa e chutou a colega na sala de aula. Cenas da agressão foram gravadas em um celular e divulgadas na internet. 

Mãe denuncia à polícia agressões física e moral que a filha de 6 anos estaria sofrendo em uma escola de Santos, no litoral paulista. Para o promotor da Infância e da Juventude, pode ser um caso de bullying.  Material escolar da menina também sumiu, segundo a mãe.  

Adolescente diz que precisou mudar a aparência para superar bullying em Curitiba.Aluno afirmou que foi impedido de entrar na aula pelos colegas. 

Criança de 9 anos é obrigada a enfiar cabeça em vaso sanitário e colocar língua na água em escola particular de São Paulo.  Tal caso não é único  mas, com medo da repercussão negativa, os colégios em geral abafam os episódios. Os pais, preocupados com o estigma, escondem a situação. 


Adolescente de 14 anos muda de escola em razão de bullying.  Uma aluna de 14 anos do 8º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Equador, em Vila Isabel, foi transferida ontem para outra unidade, por suspeita de ter sido vítima de bullying. 

Bullying faz jovens obesos procurarem cirurgia bariátrica. Indicado no tratamento de obesidade mórbida, procedimento tem sido cada vez mais procurado por adolescentes que sofrem discriminação  
 
 

O que é Homeschooling?

O Homeschooling (Educação Domiciliar) é um método de ensino que funciona  em diversos países e oferece aos pais a possibilidade de educar seus filhos em casa, sem a necessidade  de matriculá-los em uma escola de ensino regular.

A proposta é dar aos filhos um ambiente de aprendizagem diferente aos que são apresentados na escola.

Os motivos que levam os pais a optar pelo homeschooling  vão desde a insatisfação com as escolas bullying, ao medo em relação a integridade física e psicológica dos filhos.  Finalmente, gostaria de salientar que a escola não é a única opção que existe para a socialização e que ao optar pela educação domiciliar os pais não estarão privando seus filhos da socialização.

Educação Domiciliar: Lutamos pelo direito de escolha!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pais de crianças especiais têm dificuldade em conseguir vagas nas escolas

A inclusão é um direito mas, na prática, continua sendo uma utopia, como se pode verificar na pela denúncia feita pelo RJTV esta semana.

A legislação existe mas nem sempre as escolas estão preparadas -  falta acessibilidade e preparo em geral de funcionários e professores.

terça-feira, 15 de março de 2011

Deixem Jonatan e Davi estudar em paz


A multa é irrisória (R$ 78,00), mas o princípio é fundamental. Puniram a família por exercer o direito inalienável de educar seus filhos como e onde quisessem.

Todos os dias algum órgão de imprensa brasileiro critica a educação no Brasil. Mazelas vão da falta de professores ou condições físicas, ao despreparo dos professores, passando por currículos antiquados produzidos por educocratas governamentais.

Lucy Vereza, que foi secretária de Educação do Rio de Janeiro, entrevistada, disse ser impossível atrair a atenção de crianças que viam os melhores programas e desenhos animados na TV, produzidos por empresas riquíssimas e diretores milionariamente pagos, mandando-as para escolas sem graça em que professoras mal pagas e pior treinadas ensinavam coisas do tipo "Ivo vê a uva." Kleber e Bernadete, pais de Jonatan e Davi, residentes em Timóteo, Minas Gerais, resolverem agarrar o touro pelos chifres.

Se pouco ou nada podiam fazer para melhorar a escola que o estado (ou seus licenciados) ofereciam, criaram uma escola para seus filhos em casa.

Não são pais que resolverem abandonar e educação de seus filhos ou deixá-la "para lá." São apenas pais conscientes que resolveram educar seus filhos em casa por uma simples razão: acreditam que são capazes de cumprir essa tarefa melhor do que o estado (coisa que mais de um milhão de famílias americanas fazem legalmente nos Estados Unidos).

Mas, no Brasil isso é proibido. Apesar de Jonatan e Davi terem sido aprovados nos exames que avaliam alunos comuns, que estudam no sistema educacional regular, seus pais cometeram um crime e por isso foram condenados.

O aterrador é o poder do Estado todo poderoso e dos "fazedores do bem," autores do Estatuto da Criança e do Adolescente. Obrigam todos os pais do Brasil a matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino (art. 55), por pior que ela seja.

A multa é irrisória (R$ 78,00), mas o princípio é fundamental. Puniram a família por exercer o direito inalienável de educar seus filhos como e onde quisessem.

Entrevistados na TV, pai e filhos parecem perfeitamente normais. Mas o governo não quer saber disso. Provavelmente vítimas de um educocrata fanático ou invejoso, acabaram nas malhas da lei.

Hoje o Massachussets Institute of Technolgy e muitas outras universidades disponibilizam o conteúdo de seus cursos gratuitamente na Internet. Neste sistema, frequentar o MIT pode ter uma função socializatória, possibilitar o desenvolvimento de laços de amizade que ajudem a conseguir bons empregos e dar aos alunos uma credencial formal, um diploma. Em matéria de sabedoria, entretanto, ninguém que frequentou uma destas universidades sabe, necessariamente, mais do que alguém que estudou em casa seguindo seu currículo.

Educocratas trabalham para a manutenção de um sistema de educação fraco em que o estado pouco faz (e faz mal) e um monte de "empresários" licenciados ensinam com o olho no retrovisor (e ganham muito dinheiro com isso).

Eles são onipotentes para produzir punir pais como os de Jonatan e Davi.

A opção da família é diferente, excêntrica, sem dúvida, mas isso não quer dizer que seja má.

John Stuart Mill, em seu On Liberty, faz uma bela defesa da excentricidade. Ele chama a atenção para o fato de que o progresso, as invenções e o desenvolvimento são produto direto da excentricidade.

Se não houvesse excêntricos que resolvessem colocar um motor numa carruagem ou domar a eletricidade e descobrir como utilizá-la para o nosso bem, continuariamos andando a pé e iluminando nossas casas com candeeiros. Não existiriam arranha céus, porque sem eletricidade, não haveria elevadores.

Por isso morro de medo de incompetentes bem intencionados, sobretudo quando em grandes grupos, ainda mais quando são do funcionários governo, porque eles têm a capacidade de punir-nos por exercermos nossa liberdade.

Deixem Jonatan e Davi estudar em paz. Ele certamente estão melhor do que estariam numa escola.

Alexandre Barros | 09 Março 2010
Artigos - Educação
Alexandre Barros é cientista político (PhD, University of Chicago) e diretor-gerente da Early Warning: Políticas Públicas e Risco Político (Brasília - DF), além de colaborador regular d'O Estado de São Paulo.
Publicado originalmente no site Ordem Livre - www.ordemlivre.org

EDUCAÇÃO DOMICILIAR

Recentemente uma família de Maringá (PR) tirou os filhos da escola e os educa em casa com aval da Justiça. 
Os pais das crianças são pedagogos. O pai é professor da Universidade Estadual de Maringá.  As crianças de 11 e 12 anos foram tirados da escola há quatro anos, após duas tentativas frustradas de tentarem matriculá-los em uma escola regular. Com apoio do Ministério Público, os pais conseguiram convencer o juiz da Vara da Infância e Juventude de que a educação domiciliar é possível e, teoricamente, não traz prejuízos.
As crianças cursam inglês e matemática fora de casa. As outras disciplinas ficam a cargo dos pais. Também praticam esportes e não podem ver televisão em qualquer horário - só quando os pais autorizam.
Outros pais também desejam fazer o mesmo - por uma série de razões distintas, entretanto tal tema é controverso e precisa ser regulamentado.
Uma outra família, de Serra Negra (MG), que também tirou os filhos da escola, ainda tenta provar ao Judiciário que tem condições de educá-los em casa. No Estado mineiro isso não foi possível e um casal foi condenado pelo crime de abandono intelectual  pois  no Brasil, a legislação determina que as crianças sejam matriculadas em escola de ensino regular.
O educador português José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte (em que não há salas de aula), entende que o juiz de Maringá teve sensibilidade para entender o caso pois admite ser possível que haja o ensino domiciliar, desde que a escola avalie periodicamente essas crianças. 


Muitas famílias defendem a educação domiciliar por questões religiosas, mas a importância do assunto vai muito além do ensino e crenças religiosas

A educação dos filhos é direito inalienável dos pais e cabe a eles a escolha de como e onde querem fazê-lo.  Trata-se deuma alternativa sábia, já feita em países da Europa há muito tempo.

A discussão aqui não é uma questão de preferência por uma ensino ou outro mas do direito de opção  -  cada pai deve ter o direito de optar entre um e outro dependendo da circunstância de sua vida.